sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

RESENHA: Interligados – Gena Showalter

Irterligados – Aden Stone e a batalha contra as sombras
Autor: Gena Showalter
Tradução: Maurício Tramboni
Ano: 2010
Número de Páginas: 448
Editora: Universo dos Livros



SINOPSE: Aden Stone é um jovem incomum. Se não bastassem seus problemas do dia a dia, ele convive com quatro almas humanas presas dentro de sua cabeça. Cada uma com um talento: Julian ressuscita os mortos, Elijah prevê o futuro, Eva pode viajar no tempo, e Caleb tem o dom de tomar para si o corpo de outra pessoa.
Atormentado constantemente por essas almas, Aden passou sua infância e começo da adolescência sendo tratado como um louco. Vivendo em diversos hospitais psiquiátricos e até em um reformatório.
Porém, certo dia tudo começa a mudar em sua vida. As vozes se calam em sua cabeça. O motivo? A presença de uma garota que tem um dom especial, capaz de neutralizar seus poderes quando se aproxima dele.
Unem-se a eles um lobisomem mutante e uma princesa-vampira em uma aventura alucinante, em que terão que enfrentar seres muito poderosos.
A batalha entre humanos, vampiros, zumbis e bruxas está somente começando. Prenda a respiração, pois este livro irá transportá-lo a um mundo repleto de fantasia, ação, romance e mistérios.


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Fiquei interessado em ler Interligados pela premissa de ser um livro sobre um GAROTO que convive com quatro almas humanas que estão presas dentro de sua cabeça. O que era quase que inédito visto que a maioria dos livros YA sobrenaturais são livros que narram histórias de garotas que de alguma forma se veem ligadas a fenômenos ou a garotos “sobrenaturais”. Gosto do gênero, mas já estava cansando e enjoado de livros parecidos, cuja única diferença era o tipo de “ser” por quem a garota principal se apaixona perdidamente (elas não são capazes de nem mesmo ficar pouquíssimos instantes longe deles). Este livro parecia uma alternativa ― e confirmou ser ― para tudo isso.

A história é narrada em terceira pessoas (outra diferença) e se alterna entre os pontos de vista de Aden, o garoto que tem as almas dentro de sua cabeça e que sofre as consequências das habilidades delas ― viajar no tempo, prever o futuro (até mesmo sua própria morte), ressuscitar mortos, e tomar para si o corpo de outra pessoa ―; e de Mary Ann, uma garota que lhe causa uma estranha sensação (*spoiler alert* mas não é paixão arrebatadora!), uma sensação que causa um efeito em todo o universo de seres sobrenaturais, alguns desconhecidos por Aden, e que não passam de personagens de contos de fadas para Mary Ann até o momento.

Além dessa sensação estranha ― uma sensação que dá vontade de ambos quererem se abraçar ―, causa em Aden o silêncio de seus colegas de mente. Eve, Julian, Caleb e Elijah parecem ser mandados para a escuridão, onde o silêncio as eles é imposto a ligação deles com Aden é desfeita. Isso causa em Aden uma curiosidade intensa ― como ela faz isso? como aquilo pode ajudá-lo a libertá-los de sua cabeça?

A história vai angariando mais intensidade, maior grandeza e mais mistérios. Como a presença da princesa-vampira Victoria, e de um misterioso lobisomem que passa a perseguir Mary Ann, e que parece só quere o mal a Aden.

Os personagens são bem interessantes. Aden, um garoto taxado como louco, que vive em um racho para delinquentes, parece ter vivido uma vida muito dolorosa, que o fez procurar soluções por si só, e que só lhe põe mais obstáculos em seu caminho. Forte, destemido e compaixonado, convence-nos com seus dilemas, sejam eles os naturais da idade ou os causados por suas habilidades.

Mary Ann quando está sob o ponto de vista de Aden parece um pouco irritante, pois, quando fala, parece não parar mais, fazendo uso de pontuação e palavras que mostra sua afobação em alguns momentos. O que não ocorre quando a história está sob seus olhos, já que Gena Showalter deve ter feito de tudo para sua personagem não se tornar mais uma chata de galocha.

O trabalho da editora está bem próximo da perfeição. Capa bonita, diagramação e projeto gráfico, também. Mas mais uma revisão viria muito a calhar. Não há erros de digitação, mas o tradutor fica bem indeciso e usa hora “louro”, outra “loiro” e algumas outras coisinhas do gênero. E na quarta-capa aparece grafado Eva, quando que no livro inteiro aparece Eve. Mas não chega a ser nada demais, só falo sobre isso aqui, para que a editora possa sanar os erros numa possível reedição.

O livro é muito interessante e tem uma leitura ágil, com muitas surpresas no decorrer da narrativa. Além de deixar uma super deixa para o próximo volume da série. Espero que tudo só venha a melhorar nos próximos livros, já que esse foi bom demais.         

Um comentário:

  1. Esse livro é muuuuito bom! É envolvente do começo ao fim! Mal posso esperar pra ler a continuação.
    Beijos

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