terça-feira, 22 de março de 2011

RESENHA: Dezesseis Luas, por Kami Garcia e Margareth Stohl


Dezesseis Luas
Autor: Kami Garcia & Margareth Stohl
Tradução: Regiane Winarski
Ano: 2011
Número de Páginas: 490
Editora: Galera Record

SINOPSE: Ethan é um garoto normal de uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos, um pouco entediado com a escola, e totalmente atormentado por sonhos, ou melhor pesadelos, com uma garota que ele nunca conheceu. Até que ela aparece… Lena Duchannes é uma adolescente que luta para esconder seus poderes e uma maldição que assombra sua família há gerações.


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Tive vontade de ler Dezesseis Luas desde quando comecei a ver diversas resenhas dele saírem na blogosfera. Uma história cheia de mistérios, que não envolvia nem vampiros, nem lobisomens e que era narrada por um garoto. O que fugia daqueles livros YA com a mesma temática e estilos narrativos semelhantes, por isso, não poderia deixar de ler.
Esse foi um livro que me prendeu. Comecei a leitura e fui me envolvendo na história, nos dilemas dos personagens, em tudo aquilo que trazia cada vez mais mistério ao desenrolar da trama. A narrativa me pareceu mais próxima, pude me identificar mais, porque não é permeada de lamentos e superdramática, o que faz com que certos livros do gênero tornem-se enjoativos e dignos de asco. Todos os sentimentos expressados por Ethan ao contar sua história pareciam mais fidedignos e sua atração por Lena — grande fonte de mistério e ação na história — menos inconsequente, nada auto-depreciativo. O impedimento social, no caso deles, é maior que o impedimento por suas diferenças “existenciais.” Mas nada disso é usado como uma barreira intransponível geradora de desculpas para choradeira e depressão.
A “condição” de Lena, toda a reviravolta que ela trás a Gatlin e as transformações que causa, dá maior sabor para a mistura da história. Tudo o que ela e Ethan começam a passar juntos, a ligação que eles sentem; uma coisa que transcende gerações e que uma vez já não teve bom fim, vai fazendo você ficar mais íntimo dos personagens, e buscar no seu interior as vezes que se sentiu da mesma forma.
No decorrer da narrativa somos apresentados a flashbacks da história de Ethan Wate e Genevieve Duchannes, antepassados de Ethan e Lena que enfrentaram coisas parecidas com que eles estão passando. Estes trechos em si dariam um bom argumento para uma grande história, pois se trata de um Romeu e Julieta que vai além do impedimento humano e familiar, que envolve diferença de “condições,” com as quais nada pode se fazer; e que acarreta a uma espécie de “maldição familiar” que acompanha toda garota Duchannes.
Esse é um livro para aqueles que adoram reviravoltas, grandes mistérios e romance bem dosado. Confesso que algumas partes da narrativa podiam ter sido mais enxutas, sem distender por tantas páginas; sem contar que há pequenas falhas (no meu exemplar) de impressão (principalmente, na não impressão de pontuação e acentos) e pequenos erros de revisão, coisas de fácil correção, mas há.
Indico insistentemente esse livro, principalmente a você que está cansado de livros YA, por contarem com aquela mesmice toda, porque você irá ter uma nova experiência com essa série e verá que há todo um gênero a se desbravar.

Impossível de lagar, é daqueles livros que você lê e não consegue parar de pensar nele, nas suas cenas e nos seus personagens. Kami Garcia e Margareth Stohl apresenta-nos uma história surpreendente, bem construída que deixa um desejo devastador de se ler o próximo volume da série. Tudo o que você busca em termos de mistério em um único livro.”
— MAICON Z. VOLLZIN, Tudo em Livros

2 comentários:

  1. Ja queria ler esse livro a muito tempo. Ja li resenhas falando muito mal e outras falando muito bem. mas vo da uma chance e ler..pelo jeito parece ser muito bom e diferente. :D

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  2. Muito boa a resenha!!!
    Fiquei com vontade de ler (:

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