terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

RESENHA: Calafrio – Maggie Stiefvater

Calafrio
Autor: Maggie Stiefvater
Tradução: Celina Portocarrero
Ano: 2010
Número de Páginas: 344
Editora: Agir

SINOPSE:
Quando chega o inverno, Grace é atraída pela presença familiar dos lobos que vivem no bosque atrás de sua casa. Ela espera ansiosamente pelo frio desde que fitou pela primeira vez os profundos olhos amarelos de um dos lobos e sobreviveu ao ataque de uma alcatéia. Esses mesmos olhos brilhantes ela encontraria mais tarde em Sam, um rapaz que cresceu vivendo duas vidas: uma normal, sob o sol, e outra no inverno, quando vestia a pele do animal feroz que, certa vez, encontrou aquela garota sem medo.

Tudo o que Sam deseja é que Grace o reconheça em sua forma humana, e para isso bastaria que trocassem um único olhar. Mas o tempo de Sam está acabando. Ele não sabe até quando manterá a dupla aparência e quando se tornará um lobo para sempre. Enquanto buscam uma maneira de para torná-lo humano para sempre, têm de enfrentar a incompreensão da cidade, que vê nos lobos um perigo a ser combatido.

Calafrio é a história de dois jovens que aceitam correr todos os riscos pelo amor, até mesmo o de deixarem de ser quem são.

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A primeira coisa que vi sobre Calafrio e a série Os Lobos de Mercy Falls foi no site do Kaleb Nation, que de Twilight Guy passara a Shiver Guy. O que me fez pensar: “Se ele passou a dizer-se Garoto Calafrio deixando-se de dedicar-se apenas a ser aficionado a Crepúsculo, quer dizer que essa série é, no mínimo, duas vezes melhor que a primeira.” Então, fiz uma visita à página do livro no Amazon.com me inteirei sobre a história e fiquei morrendo de vontade de ler. Comprar um livro em inglês não parecia uma boa na época, mas em pouco tempo a Agir anunciava o lançamento do livro no Brasil; e, assim que saiu, corri e comprei o meu.

A primeira coisa que me chamou a atenção no início da leitura foi a troca de ponto de vista da narração, nunca havia lido nenhum livro que as trocas ocorressem quase sempre de um capitulo para outro. E isto me afeiçoou.

A escrita de Stiefvater é graciosa, nos vai envolvendo e nos surpreende. A ligação dos personagens principais é superforte e não simplesmente a primeira vista, ou pelo garoto do casal de diferente — sobrenatural. A ligação deles é mais transcendental. Intricada. Perigosa. Proibida.

A sucessão dos fatos, das questões e a ação e bem narrada e escrita. A paixão de Grace e Sam já existia de outra maneira e agora ela vai enraizando, preenchendo cada vazio — em Grace o vazio do desinteresse dos pais, em Sam da dor causada pela humanidade que ele pode perder.

É adocicado — mas não água com açúcar — gostoso de ler, mas não é extremamente casto — como aquele ao qual o comparam — muito menos deixa coisas para a página dois. Tudo é bem dosado e nada deslocado.

É uma série YA que entrou para minha lista de melhores leituras antes mesmo de passar do meio do primeiro livro; no final meu sentimento por ele foi multiplicado e catalisado. Indico-o profundamente. E sinto por não tê-lo resenhado logo após lê-lo.

E que venha Espera.
 

  
 

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